Fotos: divulgação / EC Bahia
Após a vitória do Bahia por 1 a 0 sobre o Ceará, na noite desta segunda-feira (21), na Arena Fonte Nova, o técnico Rogério Ceni voltou a abordar um tema recorrente em suas entrevistas: a utilização dos jogadores formados nas divisões de base do clube.
Questionado sobre o tempo de jogo e a confiança nos jovens atletas, Ceni foi direto ao apontar um dos principais obstáculos para o desenvolvimento desses talentos: a carência de confrontos realmente desafiadores no cenário local.
“No nosso estado, os jogos não aceleram o amadurecimento dos garotos”, afirmou o treinador, destacando que a falta de adversários mais qualificados no início da temporada dificulta a evolução técnica e emocional dos atletas.
Nos primeiros meses do ano, o Bahia enfrentou equipes como Jacuipense, Itabuna, Juazeirense, Bahia de Feira, Barcelona de Ilhéus e Atlético de Alagoinhas, além do tradicional rival Vitória. Embora reconheça a importância do clássico Ba-Vi, Ceni acredita que o nível médio do futebol baiano ainda está aquém do exigido na elite nacional.
Ele citou a experiência de jogadores que atuam pela Seleção como um diferencial para acelerar esse amadurecimento. “É louvável quando um atleta vai para a Seleção, é campeão. Isso ajuda, porque eles jogam em um nível mais alto. No futuro, estarão prontos. Mas hoje ainda não estão”, analisou.
Ceni ainda mencionou alguns nomes promissores, como o zagueiro Fred, que tem ganhado espaço devido às lesões de Gabriel Xavier e Kanu, e o jovem Juan Pablo, de apenas 16 anos. “O Fred tem muito potencial. Pode se firmar, como foi o Beraldo no São Paulo. Mas é um processo, exige tempo e jogos de qualidade”, concluiu. fonte Informe baiano
