Ataques dos EUA no Iêmen deixam mais de 30 mortos e intensificam tensão no Mar Vermelho

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Texto: Mais de 30 pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridas após uma série de ataques aéreos dos Estados Unidos contra alvos do movimento Ansar Allah (houthi) no Iêmen. A informação foi confirmada pelo Ministério da Saúde do governo houthi, que classificou a ação como uma “agressão flagrante contra um Estado independente”.

Os bombardeios ocorreram após uma ordem do ex-presidente norte-americano Donald Trump na última sexta-feira (14), como parte de uma grande operação militar conduzida pelo Comando Central dos EUA (Centcom). Segundo o governo dos Estados Unidos, o objetivo da ofensiva é proteger interesses estratégicos americanos, dissuadir ações hostis e garantir a livre navegação no Mar Vermelho.

Por outro lado, os houthis afirmam que suas ações no Mar Vermelho têm como foco exclusivo bloquear o transporte marítimo israelense até que ajuda humanitária seja entregue à população de Gaza. O porta-voz do grupo, Mohamed Abdulsalam, declarou que a intervenção militar dos EUA apenas intensifica a militarização da região e representa um risco real à segurança da navegação internacional.

A crise se agravou após o Ansar Allah, apoiado pelo Irã, iniciar uma campanha de ataques contra navios mercantes em novembro de 2023, alegando que as embarcações tinham ligações com Israel. Em resposta, várias empresas de navegação desviaram suas rotas para evitar a área, o que elevou custos e tempo de transporte globalmente.

O movimento houthi já foi reconhecido como organização terrorista pelos Estados Unidos em 2021, no final do mandato de Donald Trump. No entanto, a designação foi removida pelo presidente Joe Biden no mesmo ano e restabelecida novamente pelo governo norte-americano em março de 2025.

A escalada do conflito no Iêmen reacende preocupações sobre a estabilidade do comércio global e o impacto da guerra na geopolítica do Oriente Médio. fonte: Sputnik Brasil

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