Na tarde desta quarta-feira (13/11), servidores das polícias Civil e Técnica da Bahia se reuniram em assembleia para avaliar a proposta de reajuste salarial apresentada pelo Governo do Estado. A categoria decidiu rejeitar a oferta, considerada insuficiente para atender às demandas dos profissionais, e em seguida, realizaram uma manifestação pelas ruas da região do Costa Azul. Munidos de carro de som, faixas e apitos, os manifestantes chamaram a atenção da população e impactaram o trânsito local.
O Sindicato dos Policiais Civis da Bahia (Sindipoc) criticou duramente a proposta do Governo, argumentando que ela não reflete a realidade dos riscos enfrentados diariamente pelos agentes em suas atividades de investigação e combate ao crime organizado no estado. Segundo a entidade, a defasagem salarial se torna ainda mais grave diante da alta periculosidade da função.
Os policiais civis decidiram continuar as negociações com o Governo, com o objetivo de alcançar uma reestruturação salarial justa. De acordo com um estudo realizado pela Confederação dos Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol), os policiais civis da Bahia recebem o segundo pior salário entre todas as unidades da federação, o que reforça o sentimento de insatisfação da categoria.
Eustácio Lopes, presidente do Sindipoc, destacou o contraste entre a posição econômica da Bahia e a remuneração oferecida aos policiais: “Mesmo sendo a 7ª economia do Brasil, a Bahia paga um dos piores salários para a categoria. Estamos nas ruas para exigir do governador mais valorização e reconhecimento pelo trabalho desempenhado pelas Polícias Civil e Técnica”, afirmou.
A assembleia foi organizada pelo movimento “Unidos pela Valorização dos Policiais Civis”, que congrega diversas entidades representativas, como o Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado da Bahia (Adpeb), Sindicato dos Peritos em Papiloscopia (Sindpep), Sindicato dos Escrivães (Aepeb-Sindicato), Associação dos Investigadores (Assipoc), Sindicato dos Peritos Médicos e Odonto-legais (Sindmoba) e o Sindicato dos Peritos Criminais (Asbac). As lideranças sindicais reafirmaram o compromisso de lutar pela reestruturação salarial e pelo reconhecimento da importância dos profissionais na segurança pública da Bahia. fonte> Informe Baiano