Ford Ranger muda totalmente e se torna nova referência entre picapes

De Tatuí, São Paulo, e Mendoza, Argentina* No final de 2018 – antes mesmo de lançar a linha 2020 da Ranger, que chegou ao mercado em julho de 2019 – a Ford começou o desenvolvimento e a adequação da nova geração da picape para a América do Sul. De lá para cá, foram percorridos milhares de quilômetros em 23 estados brasileiros e seis províncias argentinas. O projeto é tão abrangente que até a fábrica na Argentina, uma das seis do mundo que produzem o veículo e onde são produzidas as unidades que chegam ao mercado brasileiro, foi completamente atualizada. Para isso, foram investidos R$ 3,3 bilhões. Só para a montagem da carroceria foram instalados 318 novos robôs inteligentes. Essa planta, situada na região Metropolitana de Buenos Aires, coloca em prática o desenvolvimento feito pela engenharia brasileira, que fica baseada na Bahia. Inicialmente, desembarcam nas concessionárias brasileiras duas versões da Ranger: XLT (R$ 289.990) e Limited (R$ 319.990). Ambas são equipadas com um motor V6 turbodiesel de 3 litros que entrega 250 cv de potência e 61,2 kgfm de torque. A potência será inferior apenas à da Amarok (258 cv), mas o torque é o maior da categoria. No entanto, a maior qualidade da Ranger é o seu equilíbrio dinâmico. Avaliei o utilitário em diversas situações: no Campo de Provas de Tatuí, no interior de São Paulo, e também na província de Mendoza, na Argentina. Assim, foi possível entender o compromisso da engenharia para entregar um veículo que oferece conforto no off-road, em piso de cascalho, na lama e no asfalto. A capacidade de imersão de 80 centímetros surpreende. A suspensão está bem calibrada, e na traseira os amortecedores ficam dos lados externos das longarinas. A eficiência do sistema de freios também melhorou, incluindo a adoção de discos na traseira. A direção elétrica recebeu uma atenção especial e está muito precisa, proporcionando segurança em desvios em pisos ruins. A transmissão automática tem 10 velocidades – a mesma que equipa a F-150 e o Mustang – e proporciona trocas suaves. Faz falta a possibilidade de trocas manuais por paddle shifters, opção que será exclusiva da configuração esportiva Raptor – prevista para estrear ainda neste ano. A possibilidade é cambiar manualmente por teclas na alavanca instalada no console central. O conjunto motriz ainda conta com um moderno sistema de tração 4×4, que traz a opções de modos de condução e um inédito programa que atua automaticamente. Dessa forma, o veículo funciona no sistema All Wheel Drive, ou seja, envia tração automaticamente para cada um dos eixos, em qualquer velocidade. Tecnologias a bordo
A Ranger é capaz de receber atualizações à distância, por meio da tecnologia Over the Air (OTA) para o aprimoramento contínuo de sistemas do veículo. Esse avanço vem da sua nova arquitetura elétrica totalmente conectada, com 36 módulos que trocam informação de forma integrada. Na cabine, além de painel de instrumentos digital com tela de 8 polegadas e central multimídia com tela de 10 pol (XLT) e 12 pol (Limited), que aceita comandos de voz, as duas versões têm bancos de couro com ajuste elétrico em oito posições para o motorista, volante revestido em couro com ajuste de altura e profundidade e espelho retrovisor eletrocrômico. Para quem está disposto a ter mais tecnologia, a Ford oferece por R$ 20 mil um pacote de opcionais para a versão Limited. Ele inclui painel de instrumentos digital de 12,4 pol e rodas de liga leve de 20 pol, normalmente, a Limited é 18 pol e a XLT, 17 pol. O pacote ainda inclui piloto automático adaptativo com stop & go, monitoramento de ponto cego com cobertura de reboque, assistente autônomo de frenagem e alerta de tráfego cruzado em marcha a ré, assistente de manobras evasivas, assistente de permanência e centralização em faixa, assistente de cruzamentos e câmeras 360°. Nessa geração, a caminhonete perdeu os ajustes de altura dos cintos de segurança dianteiros. Pelo preço, deveria oferecer iluminação para os espelhos dos para-sois. A Ranger continua com cinco anos de garantia total, assim como a Toyota Hilux, atual líder de vendas segmento, e da Mitsubishi L200. Ao lado da Chevrolet S10, segunda mais vendida, conta com um aplicativo que permite comandos remotos. No modelo da Ford o sistema é mais sofisticado. Novidades em breve
Em setembro, a Ford irá promover o lançamento das versões XL (4×4) e XLS (4×2 e 4×4), ambas com cabine dupla e equipadas com o inédito motor 2 litros. Esse propulsor entrega 170 cv de potência e 41,3 kgfm de torque. É associado a uma transmissão automática nas configurações XLS e manual na XL, sempre com seis marchas. *O JORNALISTA VIAJOU A CONVITE DA FORDCorreio 24hs

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