Lixão de Porto Seguro é desativado após danos ambientais, colapso e brigas judiciais

PORTO SEGURO, BA (FOLHAPRESS) – Um jovem casal de catadores caminha entre montes de entulho e sacos de lixo, com os olhos atentos em busca de pedaços de metal. Os pés afundam na lama, e o odor do chorume trava as narinas, mas ambos seguem em frente, enquanto urubus circundam o terreno em busca de restos de carniça.
O lixão de Porto Seguro (710 km de Salvador), que encerrou suas atividades em março de 2023, está a 500 metros do leito do rio Buranhém. O curso d'água cruza áreas remanescentes de mata atlântica e desemboca próximo a praias como Trancoso e Arraial d'Ajuda, destinos turísticos badalados que registram engarrafamentos de jatinhos particulares no verão.
Erguido no distrito de Pindorama, que fica às margens de uma rodovia estadual e a 15 km do centro, o terreno que hoje é um lixão abrigou o primeiro aterro sanitário de Porto Seguro, num retrato das dificuldades que o Brasil enfrenta para eliminar seus mais de 1.500 lixões. A data para encerrar esse tipo de destinação..