Mais um caso de varíola dos macacos foi confirmado nesta terça-feira (9) em Salvador. Agora, a capital baiana soma 14 casos da doença, segundo informações divulgadas pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesab).
Ao todo, a Bahia tem 20 infectados pela varíola dos macacos. Além dos casos registrados em Salvador, há ainda dois em Santo Antônio de Jesus; um em Cairu; um em Conceição do Jacuípe; um em Ilhéus e um em Mutuípe.
A Bahia contabiliza ainda 178 casos suspeitos e que aguardam análise para saber se são pessoas de fato infectados pela doença ou não.
A varíola dos macacos, também conhecida como Monkeypox, é uma zoonose viral, do gênero Orthopoxvirus, da família Poxviridae. Segundo a Organização Mundial de Saúde, a doença é similar à varíola humana, que foi erradicada em 1980.
Entre os sintomas estão: febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, adenomegalia, calafrios e exaustão, que duram 2 a 4 semanas, podendo ser dividida em dois períodos: invasão, que dura entre 0 e 5 dias, com febre, cefaleia, mialgia, dor das costas e astenia intensa.
As bolhas na pele começam a aparecer entre 1 e 3 dias após o aparecimento da febre e tem características clínicas semelhantes com varicela ou sífilis, com diferença na evolução uniforme das lesões. Recentemente, descobriu-se que inchaço no pênis e dor no ânus também podem ser sintomas de quem foi infectado.
Transmissão acontece entre humanos
A transmissão da varíola dos macacos, apesar do nome, atualmente acontece de humano para humano, principalmente pelo contato pessoal e direto com secreções respiratórias, lesões de pele de pessoas contaminadas ou objetos infectados.
Nesta terça, a OMS lamentou que macacos estejam sendo mortos e atacados por conta da ignorância das pessoas e reforçou que os surtos atuais acontecem pela transmissão entre humanos. "As pessoas têm que saber que a transmissão que estamos vendo agora acontece entre humanos", destacou a porta-voz da OMS, Margaret Harris, em coletiva de imprensa em Genebra.