SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Chris Rock voltou a comentar o tapa que o ator Will Smith deu nele durante o Oscar 2022, e comparou o ator premiado ao ex-magnato do rap Suge Knight, da Death Row Records, que foi condenado por matar atropelar e matar dois homens a 28 anos de prisão.
O comentário feito em um show na cidade de Atlanta, afirma a revista People, na última sexta-feira (29), mesmo dia em que Smith veio à público novamente para pedir desculpas ao comediante, após este ter feito uma piada com sua esposa, que possui uma doença autoimune.
"Todo mundo está tentando ser a droga de uma vítima", afirmou Rock. "Se todos alegam ser vítimas, então ninguém vai ouvir as vítimas de verdade. Mesmo eu sendo espancado pelo 'Suge' Smith… Eu fui trabalhar no dia seguinte, tenho filhos".
"Qualquer um que diga que as palavras machucam nunca levou um soco na cara", resumiu Rock em tom de ironia.
Na semana passada, Smith também comentou sobre o assunto. "Nos últimos meses, eu estive pensando muito e fazendo muito trabalho pessoal. Vocês fizeram muitas perguntas e eu queria tirar um tempo para responder", diz a introdução para o vídeo, compartilhado em seu Instagram.
Ele também pede desculpas à mãe de Chris Rock e ao resto de sua família, por não ter percebido "quantas pessoas se feriram naquele momento". Ele também pede perdão aos próprios filhos e à sua mulher, Jada Pinkett Smith, que foi o motivo para a agressão acontecer.
Isso porque o tapa ocorreu depois que Rock fez uma piada sobre a alopecia, uma condição que provoca queda de cabelo, de Jada. Ela se mostrou incomodada e, mesmo que Smith tivesse inicialmente rido, ele decidiu subir ao palco e dar um tapa no comediante.
Agora, o ator esclarece que a mulher não disse nada a ele naquele momento, apenas revirou os olhos, e a decisão de subir ao palco foi inteiramente dele.
O tapa dividiu opiniões na indústria e na internet. Em abril, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas decidiu banir Smith de suas cerimônias pelos próximos dez anos. Ele ainda pode concorrer ao prêmio na próxima década, mas, caso vença, não poderá festejar presencialmente.